27/06/2013 10:32:06
por Leonardo Gottems
“Após cinco anos de uso do milho BT, nós estamos vendo que algumas pragas estão ocupando esse novo cenário que antes era da lagarta do cartucho do milho”. A afirmação é do entomologista e consultor ad hoc do Instituto Phytus, Dr. Mauro Tadeu Braga.
Falando ao Momento Phytus dessa semana, o especialista apresenta o cenário atual das variedades híbridas introduzidas no Brasil em 2007, quando vieram para combater lagartas como a Spodoptera frugiperda. Segundo ele, mais de 75% do milho plantado no país é da variedade BT.
“Com a diminuição dos inseticidas na fase vegetativa do milho, algumas pragas estão despontado. Destaca-se em algumas regiões, em especial no estado do Paraná, a larva gerada pelo adulto Diabrótica speciosa (foto), que desce para o sistema radicular e causa um dano muito significativo”, explica.
Ele destaca outra praga muito importante para o milho, e que tem ganhado o status de praga principal – os ‘pulgões’: “No ano passado, o Paraná recebeu três aplicações de inseticida visando o controle na ‘safrinha’. E esse ano novamente temos tido algumas infestações de ‘pulgões’, especialmente no oeste do estado”.
“O produtor e o assistentente técnico devem ficar muito atentos, porque é uma praga de difícil controle, e que pode causar perdas de até 50%, como algumas pesquisas já demonstam. É possível que tenhamos que monitorar mais os híbridos de milho com BT, que antes controlavam a lagarta, mas hoje já deixam a desejar”, alerta Braga.
Fonte: Agrolink, 26 de junho