28/4/2008 11:12:36
Portal Agronotícias (MT) / Leandro J. Nascimento - Agricultores de Mato Grosso vivem a expectativa de obterem um dos melhores desempenhos com o milho safrinha da história. Depois de amargarem anos em que não alcançaram resultados esperados, devido a escassez das chuvas, preços, entre outros fatores, o cenário esboça reação. Muitos apontam que os bons preços deste ano, aliados às condições climáticas, têm sido fortes aliados.
Embora os custos para se produzir também sejam levados em consideração, como o valor pago nos insumos, que aumentou expressivamente, os mato-grossenses estimam um resultado final diferente. Em Sorriso, campeão brasileiro na produção de soja, foram destinados ao milho cerca de 200 mil hectares e a expectativa é conseguir mais de 75 sacas (hectare).
O presidente do Sindicato Rural, Nelson Picoli, explica que em aproximadamente 90% do município a produtividade está garantida. “Cada região tem suas peculiaridades, mas por onde andamos, todos estão contente com o desenvolvimento do milho. Tendo em vista a utilização de tecnologias, o produtor investiu mais, porque a cultura está melhor, bom preço, declarou.
Picoli ressalva ainda que, em termos de safrinha, acredita-se que será uma das melhores da história, não apenas em Sorriso, mas também no Estado. Os produtores torcem para que as chuvas continuem sendo distribuídas de forma regular, já que é necessária principalmente para a formação da espiga. “Cada ano normalmente a partir da segunda quinzena de abril, começa a reduzir, mas agora está atípico, e esperamos que mantenha a regularidade”, salienta.
A realidade também é compartilhada pelo agricultor e vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, Adelmo Zuanazi. Este ano ele destinou à cultura aproximadamente 800 hectares, mesma área da safra passada. Entretanto, crê que sua produtividade aumente mais de 40%, chegando a 75 sacas por hectare. Ano passado, alcançou 52.
“Até o momento o índice de chuvas está satisfatório, e todas as regiões recebendo. Se continuar assim, esperamos chegar a 75 sacas, bem superior ao ano passado”, diz. O melhor resultado é certeza de maior fôlego para a atividade agrícola, garante Zuanazi. “Ano passado não tivemos lucro, e 52 sacas não cobria os custos, ficando alguns agricultores devendo. A média deste ano é o que almejamos quando plantamos”, ressaltou.
O cultivo do milho iniciou logo após a colheita da soja, que atrasou. Estima-se que a colheita ocorra em meados de junho.
Fonte: Agronotícias (MT), 28 de abril