22/8/2008 11:25:14
A edição de agosto do "Grão em Grão", jornal Eletrônico da Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas (MG), sugere aos produtores de milho que planejem a safra nesse período que antecede o plantio. De acordo com o jornal, que traz uma série de recomendações levantadas por um grupo de pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, além de definir corretamente a semente que será plantada na próxima safra (2008/09), alguns cuidados executados nesta época podem garantir competitividade e uma maior geração de renda ao produtor. "Acertar o momento ideal do plantio, definir corretamente a semente, a densidade e o espaçamento na lavoura, corrigir o solo e otimizar sua fertilidade, além de controlar com eficiência pragas, doenças e plantas daninhas são alguns dos passos que podem fazer diferença no momento da colheita", antecipa o Grão em Grão de agosto, divulgado hoje. Abaixo, um resumo das dicas dos pesquisadores para aumentar a produção e a produtividade do milho. ÉPOCA DE PLANTIO - O plantio de milho feito na época correta afeta diretamente a produção e a produtividade da lavoura e, consequentemente, o lucro do agricultor.
Atraso no plantio a partir da época mais adequada (geralmente em outubro) pode resultar em quedas no rendimento de até 30 quilos por hectare em um único dia. O atraso no plantio dificulta também diversas operações agrícolas, como o controle de pragas e plantas daninhas, além de aumentar a ocorrência de doenças.
ESPAÇAMENTO E DENSIDADE - O plantio de uma lavoura determina o inicio de um processo de cerca de 120 dias que determinará os ganhos do agricultor em produção e produtividade. A densidade de plantio, definida como o número de plantas por unidade de área, tem papel importante no rendimento de uma lavoura de milho, já que pequenas variações na densidade têm grande influência no rendimento final.
No Brasil, o espaçamento entrelinhas mais usado está entre 70 e 90 cm.
Entretanto, verifica-se a tendência de maior redução no espaçamento (chegando a até 45 cm) com o objetivo, entre outros fatores, de buscar aumento no rendimento de grãos, de melhor controle de plantas daninhas, de redução da erosão, de melhor distribuição dos restos culturais sobre a superfície do solo em sistema de plantio direto e de melhor qualidade de plantio provocada por uma menor velocidade de rotação dos sistemas de distribuição de sementes.
Pontos a serem observados Verificar a densidade e espaçamento recomendados para a cultivar selecionada.
Observar o nível de fertilidade e a disponibilidade hídrica do solo para o estabelecimento da densidade mais adequada.
Regular a plantadora com antecedência levando em consideração o tamanho e forma da semente, além de regulá-la novamente após o tratamento das sementes.
Usar a velocidade de plantio adequada.
FERTILIDADE DO SOLO É essencial realizar a coleta de amostras de solo com pelo menos seis meses antes da semeadura, solicitar a análise, corrigir a acidez com calcário e utilizar a adubação de plantio, considerando a reposição de macro e micronutrientes sob a orientação de um técnico especializado. A calagem deve ser realizada pelo menos 90 dias antes da semeadura. Não havendo esse tempo, deve-se considerar a possibilidade do uso de um corretivo de melhor qualidade e com reação mais rápida no solo.
Pontos a serem observados Realizar a análise de solo e verificar quais nutrientes devem ser fornecidos no momento da adubação.
Se necessário realizar a correção da área com calcário.
Definir as quantidades de nitrogênio, fósforo, potássio, zinco e outros macro e micronutrientes necessários na semeadura.
CONTROLE DE PRAGAS, DOENÇAS E PLANTAS DANINHAS Para o controle das plantas daninhas, preferencialmente, deve-se adotar o sistema de plantio direto para reduzir a erosão, aumentar a retenção de umidade e a reciclagem de nutrientes. Neste caso, a dessecação deve ser feita pelo menos uma semana antes do plantio. Já no sistema de preparo do solo convencional deve-se controlar as plantas daninhas logo no início, já que o milho é muito sensível à competição nessa fase.
Pontos a serem observados Adotar o sistema de plantio direto para reduzir a erosão.
Realizar o tratamento de sementes com produtos ativos contra lagartas.
Monitorar a incidência e controlar, se necessário, a lagarta-do-cartucho nas plantas.
As informações são da Área de Comunicação Empresarial da Embrapa Milho e Sorgo.
Fonte: Último Segundo, 21 de agosto