28/11/2008 10:31:11
Agência Brasil - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse na última segunda-feira (24) que, na próxima semana, deve haver liberação de recursos para as cooperativas agrícolas. Segundo ele, o valor ainda não foi definido, mas deve girar em torno de R$ 2 bilhões. "Vamos decidir na próxima semana sobre capital de giro e recursos para capitalização das cooperativas. Elas são responsáveis por quase 50% da produção de grãos. Então, seria importante irrigar o setor agrícola por meio delas", afirmou.
Stephanes disse que o valor de R$ 2 bilhões se aproxima do que as cooperativas agrícolas têm apresentado como necessário e que também são capazes de usar. O ministro destacou que os problemas do setor estão sendo resolvidos à medida que vão surgindo e refutou a possibilidade de prorrogação do pagamento da dívida rural, como tem sido reivindicado por alguns produtores.
"Vamos interferir em cada produto, ou vamos administrando a situação de cada produto, dentro dos mecanismos que temos à disposição. Mas não se fala, nem se deve gerar a expectativa de que vai haver prorrogação de dívida", ressaltou Stephanes.
Ele informou que, na reunião ministerial realizada hoje na Granja do Torto para discutir os efeitos da crise financeira internacional, reafirmou-se que o governo adotará as medidas necessárias para oferecer o crédito necessário à manutenção da produção agrícola. Para ter crédito, é importante que haja garantia de renda ao agricultor, o que deve ser feito por meio de apoio à comercialização.
"O que a gente pode garantir é que tudo aquilo que estiver ao alcance do governo vai ser colocado à disposição para que a agricultura continue produzindo, porque é um setor dinâmico, e o governo quer mantê-lo em crescimento. Por isso, vai interferir no sentido de ajudar a comercialização, inclusive formando estoques, se for o caso, se daqui a seis meses se demonstrar que vamos ter problemas", informou.
O ministro da Agricultura disse ainda que algodão e milho devem ser os produtos mais afetados. "Vamos ter problemas maiores com o algodão, porque o mercado mundial, além de estar abastecido com fibras, vai se retrair. Teremos problemas com o milho, porque temos estoques e os preços internacionais caíram muito."
Fonte: Agência Brasil