Milho: região Sul teve maior decréscimo de área na primeira safra
11/12/2008 11:02:37



A área com milho 1a safra, para a temporada 2008/2009, está estimada em 9,3 milhões de milhões de hectares, registrando, assim, uma redução de 3,2%, em comparação à safra anterior. Os principais decréscimos ocorreram na Região CentroSul, destacando-se os Estados de Goiás , Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

No Estado do Paraná importante produtor nacional, a área foi reduzida em 7,5% e a produtividade média está estimada em 6.813 quilos por hectare, refletindo, desta forma, uma redução de 3,5% comparativamente à safra anterior.

Naquele Estado correu intenso ataque de lagarta do cartucho, de difícil controle, notadamente nas regiões sudoeste e oeste.

A falta de chuva pode ainda comprometer a produtividade das lavouras que se encontram nas fases de floração e frutificação. Outro importante Estado produtor é o Rio Grande do Sul, configurando-se como o maior em extensão de áreas. Neste Estado, o levantamento indica acréscimo de 0,7% na área. Face a estiagem, que vem ocorrendo nas principais regiões produtoras do estado, as lavouras que se encontram na fase de floração e granação começam a sentir a falta de umidade no solo.

Quanto ao milho 2a safra, foram reduzidas as estimativas de produção em 6,8%, em relação à safra anterior, passando de 18,7 milhões de toneladas para 17,4 milhões de toneladas, o que reduzirá o volume em aproximadamente 1,3 milhão de toneladas.

Em se verificando os níveis de produtividade de safras normais, conforme metodologia adotada no presente levantamento, sobretudo na região Centro-Sul do País, a produção brasileira de milho 1 safra poderá atingir 37,0 milhões de toneladas que, somados ao volume estimado para a 2a. Safra, será ofertada ao mercado uma produção de 54,4 milhões de toneladas.

Mercado de Milho - O decréscimo na produção estimada para o Brasil é de se esperar. As safras 2006/2007 e 2007/2008, foram as maiores registradas desde que a Conab iniciou a sua série, em 1976/77. O pico anterior, que foi na safra 2002/2003, foi de 42,1 milhões de toneladas. Desde a safra 2006/2007 chegou-se no patamar de 50 milhões de toneladas, na espera de que os produtos que tinham o milho como insumo, mantivessem um ritmo de crescimento compatível com o do cereal.

Os preços tiveram o seu auge em julho deste ano e os produtores esperavam que se elevassem mais, mantendo os estoques em seu poder. Ocorre que o mercado internacional está ofertado, não só de milho, como também de produtos que concorrem com este no fabrico de rações, como o trigo brando, aveia e cevada, fazendo com que as esperanças se frustrassem, já que não haveria de uma maior participação nas exportações mundiais de milho. Isto, sem dizer dos preços internos e externos, que tiveram forte redução. Os principais consumidores, ao notarem ligeira queda na demanda por seus produtos, diminuíram o ritmo de compra, e seus os estoques remanescentes ainda altos nas mãos dos produtores e suas cooperativas, continuam exercendo pressão baixista nos preços.

Assim, os produtores reduziram a sua área plantada, refletindo-se numa produção menor, esperada para a safra 2008/2009. Com informações da Companhia Nacional de Abastecimento.

Fonte: Último Segundo, 8 de dezembro

 

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