16/2/2009 14:24:00
Campinas - As projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) acerca das exportações brasileiras de milho na safra 2008/2009 não são muito diferentes daquelas feitas por aqui, pela CONAB. Esta prevê que serão 9,0 milhões de toneladas; o USDA aponta 9,5 milhões de toneladas, 5,5% a mais.
Nada impede, porém, que ambas as previsões sejam superadas. E uma das indicações nesse sentido está no levantamento divulgado pelo USDA na última terça-feira. Nele é revelado que, após atingir 93,8 milhões/t em 2007, as vendas externas dos quatro maiores exportadores mundiais (EUA, Argentina, Brasil e África do Sul, segundo o USDA) subiram para 86,3 milhões/t no ano passado, devendo recuar, nesta safra, para pouco mais de 76,8 milhões/t, quase 20% a menos que na safra de 2008. E não exatamente porque o mundo esteja em recessão, mas porquê os embarques dos EUA recuarão 28% e os da Argentina (devido à quebra de safra) mais de 50%.
Ou seja: surge aí um “buraco” de cerca de 20 milhões de toneladas em relação às exportações do ano passado que, mesmo parcialmente, precisará ser preenchido. E o Brasil é o principal (senão único) candidato na ocupação desse espaço.
Em suma, as vendas externas de milho do Brasil podem superar o recorde de 2007. O que solicita dos consumidores do grão – avicultura à frente – atenção redobrada ao evoluir da situação.
Fonte: Avisite, 13 de fevereiro