14/4/2009 11:52:45
Campinas - Na verdadeira safra de queda de preços que tem marcado a economia brasileira e mundial, o ovo surge como exceção. A ponto de, em março passado, ter caminhado opostamente aos índices inflacionários (neste caso calculados pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas) que, pelo segundo mês consecutivo, apresentaram deflação.
Dessa forma, após alcançar – em novembro de 2008 – variação de 306% em relação a agosto de 1994 (época de implantação da atual moeda, o real), o IGP-DI vem recuando e, com uma variação negativa de 0,84% em março último, acumulou uma variação total de 300,45% e um recuo, neste ano, de quase 1%.
O ovo também perdeu preço de dezembro para janeiro. Mas desde o início do ano vem mantendo marcha ascendente e fechou o trimestre com uma variação (positiva) de 18,27%. O que não significa, infelizmente, que se recuperou das perdas acumuladas desde 1994. Pois apesar da recuperação mais recente, o produto continua a apresentar, em relação ao início de vigência do real, evolução de preços inferior à metade da inflação acumulada. Em outras palavras, alcançou no último mês do primeiro trimestre preço médio próximo de R$47,00/caixa. Pela inflação acumulada, deveria custar cerca de R$77,00/caixa.
Não é muito diferente a situação do frango vivo e do milho, produtos que na vigência do real registraram evolução de preços de 180,00% e 165,80% respectivamente. Pois se tivesse acompanhado o IGP-DI, o frango teria alcançado, em março último, um preço médio de R$2,40/kg, enquanto o milho teria sido comercializado por pouco mais de R$30,00/saca. Mas, com média de R$20,36/saca e R$1,68/kg no mês, os dois produtos ficaram a cerca de 70% da inflação acumulada.
Fonte: Avisite, 8 de abril