28/7/2009 10:58:52
O excesso de umidade no Paraná, onde chove desde o início do mês, está afetando a qualidade do milho safrinha. De acordo com participantes do mercado, produtores do oeste do Estado têm reclamado do alto porcentual de ardidos - grãos fora do padrão.
As ofertas caíram significativamente nesta segunda-feira, contaram as fontes. Um corretor disse que se não parar de chover no Estado - a previsão é de chuva para amanhã e quarta-feira - o problema pode se agravar e comprometer o leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) marcado para o dia 4, cujo milho deve ser destinado à exportação. "O produtor teme participar do leilão e depois não ter milho para entregar", disse um corretor.
Representantes do setor produtivo ainda não consideram perdas. "É difícil avaliar por enquanto", disse Margorete Demarchi, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná. Já Flávio Turra, assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), ressalta que neste momento a preocupação é com o aumento das despesas, pois a alta umidade eleva os custos do produtor. Segundo ele, em geral o milho é armazenado com 14% de umidade - no Paraná fica entre 16% e 17%. "Se chove muito, é preciso pelo menos um dia de sol para que o milho fique com 22% de umidade", exemplifica ele para demonstrar que os dias seguidos de tempo encoberto têm obrigado os agricultores a gastar com a secagem do grão.
Os preços do milho seguem pressionados. No Paraná, saíram negócios a R$ 16,50/saca nesta segunda-feira. No norte do Estado, indicações de R$ 17 e R$ 17,50/saca e no porto de Paranaguá, de R$ 17,50 e R$ 18/saca. Em Mato Grosso, os preços vão de R$ 8/saca em Sapezal, R$ 9/saca em Sorriso e R$ 11/saca em Rondonópolis.
Fonte: Último Segundo, 27 de julho