Boa safra nos Estados Unidos tira suporte dos grãos de milho
5/8/2009 11:27:40



Os preços do milho confirmaram as expectativas ancoradas nos fundamentos de oferta e demanda e encerraram julho com preços inferiores aos de junho na bolsa de Chicago, conforme as médias mensais dos contratos futuros de segunda posição de entrega da commodity, normalmente os de maior liquidez.

Mais influenciados por movimentos especulativos do que os produtos agrícolas negociados na bolsa de Nova York - as chamadas soft commodities-, os grãos de milho continuaram atraentes para os grandes fundos e tiveram na erosão do dólar um fator importante de sustentação, mas a força dos fundamentos prevaleceu.

Segundo Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja, isso se explica pela “troca de guarda” entre os Hemisférios Sul e Norte na formação de preços. Se até junho quebras de safras em países como Argentina, Brasil e Paraguai ajudaram a oferecer suporte às cotações, em julho de 2009 o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas concentrou as atenções.

Ainda que a atual safra de milho em desenvolvimento nos EUA seja menor que a anterior, o fato de o clima no país não ter causado estragos significativos pesou contra os preços, que encerraram julho com preço médio de US$ 3,3338 por bushel, 20,85% a menos que em junho. No critério das médias mensais, a commodity passou a acumular baixas de 11,13% em 2009 e de 49,3% nos últimos 12 meses. O milho teve máximas históricas em julho de 2008.

Fonte: Commodity Diária, 3 de agosto

 

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