Governo promove quarto leilão de PEP para milho do oeste da Bahia
14/4/2010 09:45:37



O Governo Federal (MAPA/Conab) vai realizar um novo leilão de Prêmio para o Escoamento de Milho em Grãos – PEP, nº 071/10, quinta-feira (15/04), que vai ofertar 140 mil toneladas de milho do Oeste da Bahia.

É o quarto leilão do ano na região e vai contribuir para diminuir o estoque de 450 mil toneladas do cereal no cerrado baiano.

Desta vez, assim como no último leilão, realizado em 6 de abril, será permitida a presença das indústrias de alimentação humana. A manutenção da participação dessas indústrias é importante, segundo a Aiba, para o aquecimento da demanda. Para se habilitarem ao leilão, é necessário que as processadoras de alimentos estejam sediadas no Norte ou Nordeste do país.

Serão ofertadas 140 mil toneladas do cereal em dois lotes. O lote 1 constará de 120 mil toneladas, com valores de prêmios de R$ 5,52 por saca para o Nordeste, exceto Bahia; R$ 4,02 para Bahia e Norte de Minas Gerais; R$ 5,82 para Espírito Santo; e R$ 7,38 para a região Norte. Já no lote 2, serão 20 mil toneladas, com prêmios de R$ 4,02 para o Norte de Minas Gerais e de R$ 5,82 para o Espírito Santo. O preço de referência é de R$ 19,02 por saca de 60 kg para os dois lotes.

E a expectativa para o leilão é positiva. “A demanda está boa, já que o mercado está comprador”, diz o vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Sérgio Pitt. Nos últimos três leilões realizados, foram comercializadas 301 mil toneladas do grão.

O Governo atendeu a uma reivindicação antiga da Aiba, que defende que os leilões obedeçam ao calendário agrícola. Como o Oeste começa a colher em fevereiro, e a maioria dos estados produtores colhe em junho, com os leilões começando no início do ano, criam-se condições para que o milho baiano chegue antes ao Nordeste, tornando o estado mais competitivo.

Outra reivindicação da entidade é a de viabilizar a exportação do produto. “O leilão é um bom instrumento, mas não resolve o problema do excesso de oferta de milho na região”, conta Pitt. Segundo ele, para equilibrar oferta e demanda é necessário tirar o milho do mercado interno para que a oferta excessiva deixe de pressionar os preços. “Se o produto sai de circulação, é possível sustentar o seu preço”, conta Pitt.

Fonte: Imprensa Aiba / Cultivar


Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo
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