3/3/2011 17:05:00
A abertura para a exportação de sete milhões de toneladas (t) de milho anunciada nesta terça, dia 22, pelo Ministro da Agricultura da Argentina, Julián Dominguez, não satisfaz as entidades da produção. Os ruralistas consideram que a medida não é suficiente para devolver a certeza e transparência ao mercado da cultura.
A abertura de exportações em dois grupos de 3,5 milhões de t será oficializada nesta quarta, dia 23, após a reunião que os integrantes da cadeia de milho (exportadores, produtores de ração, avicultores e produtores) terão com o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, para finalizar os detalhes da medida.
– A única forma para que o negócio do milho funcione bem e que os produtores recebam o preço a que corresponde é que sejam terminadas as restrições e que tenhamos um mercado aberto de forma permanente – afirmou o presidente da Associação de Milho Argentino (Maizar), Santiago Del Solar.
Segundo o presidente, os produtores cobram entre US$ 20 a 30 menos pela tonelada de milho (US$ 189) que o preço FAS teórico da carteira agrícola (US$ 226).
– Se o governo quer proteger o consumo, deve ter em conta que quando as exportações estiverem abertas, nunca faltará milho e os produtores receberão preços acima do FAS. Com o mercado interceptado, a área semeada seguirá caindo – opinou Del Solar.
No Ministério da Agricultura, foi defendida a abertura.
– Abrimos 3,5 milhões esta semana e 3,5 milhões em 30 dias. Dessa, maneira, satisfaremos as exportações, mas também damos um sinal de certeza ao consumo interno – explicou o subsecretário de Agricultura, Oscar Solís.
Fonte: Canal Rural
Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo
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