17/06/2011 15:46:30
A escassez das chuvas, ocorrida nos últimos dias, já preocupa os produtores de milho segunda safra dos Estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Minas Gerais, onde uma parte das lavouras foram semeadas fora do período recomendado, ficando comprometida a produtividade desta parcela. A constatação é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e está no nono levantamento de safra.
As lavouras começaram a ser semeadas no início de janeiro, em concorrência direta com o algodão Segunda Safra, principalmente em Mato Grosso e Goiás. Por consequência do atraso na colheita da soja e o excesso de chuvas durante o período de plantio, uma parte das lavouras foram plantadas de maneira tardia.
Em Mato Grosso, de acordo com a Conab, estima-se queda na produção da safrinha, na comparação com 2009/10, quando alcançou-se a marca de 7,7 milhões de toneladas. Já em 2010/11 a previsão atingir 7 milhões de toneladas, uma diminuição na ordem de 8,4%. A produtividade do milho segunda safra também deve ser menor (3,6%), bem como a área (5%).
O acompanhamento de safra apresentado pela estatal mostra que na fronteira oeste do Rio Grande do Sul e no Norte de Minas Gerais, as chuvas foram mais escassas. Nos Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, predomina o milho Primeira Safra, cujo período de semeadura se estendeu até janeiro.
Segundo o boletim informativo, nas regiões Norte e Nordeste, ao contrário do que ocorreu na safra passada, as chuvas acontecem de forma satisfatória para a cultura. No Maranhão, que passou a cultivar o milho Segunda Safra no ano passado, as chuvas foram suficientes para garantir a produtividade dos 26.000 hectares semeados na região de Balsas e amenizar a escassez de umidade nas demais lavouras de milho Segunda Safra, informa a Conab.
Brasil
Ainda segundo a Conab, para o milho Segunda Safra está previsto o cultivo de 5.732,7 mil hectares, 8,8% maior que a área semeada na safra anterior, que foi de 5.269,9 mil hectares. Esta lavoura está localizada basicamente na região Centro-Oeste, onde é semeada logo após a colheita da soja. Na maioria dos Estados não foi possível semear toda a lavoura de milho dentro do período ideal, mas, os produtores tradicionais mantiveram ou aumentaram a área cultivada.
Fonte: Só Notícias
Guilherme Viana (MTb / MG 06566 JP)
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo
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