27/4/2006 16:05:25
Uma tecnologia acessível a pequenos agricultores, capaz de oferecer um milho de melhor qualidade, sem resíduos de agrotóxicos ou danos causados por roedores e insetos. Estes são os diferenciais do paiol "Balaio de Milho", tecnologia desenvolvida em parceria com a Emater-MG e apresentada durante a V Exposição de Tecnologia Agropecuária - Ciência para Vida. A tecnologia apresenta como inovação a facilidade de uso e a redução do custo do processo de combate ao caruncho do milho armazenado nas pequenas propriedades.
"Isso representa mais saúde para a família do agricultor e maior produtividade dos animais a um menor custo e com maior rendimento", explica o pesquisador Jamilton Pereira dos Santos. O paiol substitui, segundo ele, tecnologias tradicionais onde o controle de pragas é dificultado por exigir altos investimentos em mão de obra. "Um dos diferenciais da tecnologia é a facilidade de construção e o baixo custo dos materiais", explica o pesquisador.
Outras vantagens são a possibilidade de ajuste a diferentes quantidades de milho, a facilidade para controle de roedores, já que existe uma barreira de metal para impedir o acesso do rato ao milho, e o secagem natural do grão em espiga, favorecida pela circulação de ar entre as telas de arame. As informações sobre como construir o paiol estarão disponíveis em breve na home page da Embrapa Milho e Sorgo: www.cnpms.embrapa.br .
INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, anunciou em seu discurso no 33º aniversário da Embrapa na noite de quarta-feira, 26, que o Programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (Prolapec) é uma das principais ações de pesquisa e de transferência de tecnologia para fomento do agronegócio e a sustentabilidade dos ecossistemas brasileiros. A iniciativa visa reunir a produção de grãos, carne, leite e fibras com a preservação ambiental, poupando o avanço das atividades produtivas sobre patrimônios ambientais como a Floresta Amazônica.
Este ano o Prolapec contará com o suporte financeiro de R$ 4,5 milhões de reais, a serem utilizados ao longo dos próximos três anos em ações de transferência de tecnologia e estudos complementares. Os recursos são provenientes de fundos setoriais do Ministério da Ciência e tecnologia (MCT), liberados no início de março.
O sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que é fruto de pesquisas da Embrapa, poderá ser utilizado em cerca de 40 milhões de hectares em todas as áreas de produção do Brasil. A empresa tem 18 de seus centros de pesquisa envolvidos no Programa.
Durante o V Ciência para Vida, a integração lavoura-pecuária está sendo demonstrada através de uma maquete desenvolvida pela Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que mostra as diversas etapas de degradação de uma área, além dos processos de recuperação da mesma.
Guilherme Ferreira Viana (MTb/MG 06566 JP) e Valéria Costa (MTb 15.533/59/32/SP)
Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo
Tels: (31) 3779-1059
gfviana@cnpms.embrapa.br