A Embrapa Milho e Sorgo possui um acervo de recursos genéticos com mais de 10.000 entradas das três culturas pesquisadas na Unidade: milho, sorgo e milheto. A partir das múltiplas possibilidades de trabalho que surgem dos chamados Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs), a empresa mantém um programa de melhoramento genético que desenvolve cultivares com as características desejadas.

O objetivo principal é disponibilizar aos agricultores brasileiros opções de cultivares que, entre outras coisas, sejam adaptadas a regiões específicas do país, tenham resistência a pragas e doenças e apresentem produtividades superiores a outras cultivares existentes no mercado. Foi para mostrar esse programa que aconteceu na Unidade, entre 23 e 27 de outubro, o segundo módulo do Curso Internacional de Pré-Melhoramento de Milho e Sorgo.

Participaram sete pessoas de diferentes instituições: Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Universidade Federal de Goiás (UFG), Inifap - do México, além da própria Embrapa Milho e Sorgo. O curso contou com dois módulos: um teórico, ocorrido na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) entre 17 e 21 de outubro, e outro na unidade da Embrapa correspondente ao produto de interesse. Esse segundo módulo, mais prático, ocorreu simultaneamente em diferentes unidades da Embrapa.

Na Embrapa Milho e Sorgo, aconteceram palestras e visitas a campos e a laboratórios. No curso, buscou-se abordar as diferentes etapas que ocorrem desde a manutenção dos bancos de germoplasma até a obtenção de novas cultivares. Temas como "Princípios de mecanismos de resistência e caracterização de germoplasma quanto a estresses bióticos", "Monitoramento de estresses hídricos", "Uso da variabilidade genética no desenvolvimento de híbridos de milho" e "Qualidade nutricional e uso de milhos especiais", entre outros, foram apresentados. A coordenadora do segundo módulo foi a pesquisadora Flavia França Teixeira, da Embrapa Milho e Sorgo.

Clenio Araujo
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo
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