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Durante o Show Rural Coopavel, marcado para o período entre 5 e 9 de fevereiro, a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) apresentará cultivares dessas duas culturas no campo e, na Casa da Embrapa, maquetes sobre a integração lavoura-pecuária.
São seis cultivares de milho. A variedade BR 106 adapta-se bem a todas as regiões do Brasil e possui muito boa tolerância tanto ao acamamento como ao quebramento. Seu porte (2,4 m) e seu ciclo (130 dias) são intermediários.
A Embrapa mostrará também o híbrido duplo BRS 2020. Recomendado para grande parte da área onde se planta milho hoje no Brasil (as regiões Sudeste e Centro-Oeste, os estados da Bahia, Tocantins, Piauí e Maranhão e o norte do Paraná), essa cultivar tem ciclo precoce.
Já o híbrido triplo BRS 3150 tem porte baixo (2,3 m), é precoce e apresenta ótima sanidade de grãos. Ele é recomendado para produtores das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país, com desempenho superior sobretudo em áreas com mais de 700 m de altitude.
Estarão sendo mostrados também, durante o evento, três híbridos simples de milho: o BRS 1015, o BRS 1030 e o BRS 1035. O primeiro foi desenvolvido em conjunto pela Embrapa Milho e Sorgo e pela Embrapa Trigo (Passo fundo-RS) e tem elevado potencial produtivo e sanidade foliar. Seu plantio é restrito à safra normal dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e do Sul do Paraná.
Já o BRS 1030 é precoce e a Embrapa o recomenda para o Sudeste e o Centro-Oeste do país, o Norte paranaense e o Sudoeste da Bahia. Tem potencial genético que possibilita alta produtividade, tanto em áreas acima como abaixo de 700 m de altitude. Além disso, possui ótima estabilidade de produção.
O BRS 1035 é adaptado para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil e para o Norte do Paraná. Indicado sobretudo aos produtores que utilizam de média a alta tecnologia, esse híbrido simples tem alta sanidade foliar e potencial genético para alta produtividade.
Além das seis cultivares de milho, a Embrapa apresentará também cinco cultivares de sorgo, todas híbridas. O BRS 308 apresenta boa capacidade de rebrota e alta resistência à antracnose, à cercosporiose e à helmintosporiose, três das principais doenças que atacam o sorgo no país. Esse híbrido é indicado para plantio nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país no sistema de sucessão ou safrinha.
Já o BRS 310 é indicado também para a safrinha das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil e ainda para o Semi-Árido do Nordeste. Resistente ao acamamento, ele tem boa tolerância à seca e à toxicidade de alumínio do solo, além de apresentar boa resistência às mesmas doenças acima.
O BRS 601 apresenta alta produção de matéria seca e adaptabilidade aos plantios de verão. Além disso, esse híbrido de sorgo forrageiro é recomendado para plantio nas regiões Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país.
Outro híbrido que a Embrapa mostra durante o Show Rural 2007 é o BRS 610, híbrido forrageiro adaptado às condições das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil. Apresenta alta produtividade de matéria seca, qualidade de silagem e ótima sanidade foliar.
E o BRS 800, híbrido de sorgo para corte e pastejo, tem grande capacidade de perfilhamento e grande velocidade de crescimento. Sua região de adaptação envolve as regiões Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil.
Além das cultivares, a Embrapa Milho e Sorgo mostrará, em forma de maquetes, os benefícios que o sistema de integração lavoura-pecuária pode trazer para os produtores rurais. Adotado cada vez mais, esse sistema permite que o produtor tenha mais eficiência na utilização da terra e aumente a produção de carne, grãos ou leite. Ou seja, ganha tanto o lado da agricultura como o da pecuária.
Há algumas regras básicas para o sucesso na implantação do sistema: planejamento correto, escolha das melhores alternativas técnicas e econômicas e decisão pela que se ajusta melhor à situação vivida pelo produtor. Cada caso é específico e, portanto, nem sempre o que é ótimo para uma propriedade é bom para outra.
Clenio Araujo
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo
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