Diretor-executivo da Embrapa, Kepler Euclides Filho, acompanhado do secretário de Estado de Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana, e da chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Vera Alves |
2/7/2007 15:06:50
As perspectivas, desafios, limitações e questionamentos a cerca da agroenergia permearam as discussões durante a audiência pública “O milho na nova matriz energética: alimento ou combustível?” realizada na última quinta-feira, 28, durante a Mostra de Tecnologias 2007 da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). “Devemos estar preparados e sermos capazes de buscar novos caminhos para intensificarmos nossas parcerias com o setor privado. Precisamos avançar neste mundo de oportunidades, o da agroenergia”, descreveu o diretor-executivo da Embrapa, Kepler Euclides Filho. Segundo ele, a ciência deve ser um elemento de desenvolvimento social neste processo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. “A Embrapa tem uma responsabilidade imensa neste contexto”, disse.
O membro da Academia Nacional de Agricultura, Alysson Paolinelli, tem opinião semelhante. Para ele, é urgente a sinergia entre empresas públicas de pesquisa e a iniciativa privada e o investimento maciço em ciência e tecnologia. “Nos Estados Unidos, US$ 1,5 bilhões serão investidos somente este ano na busca de soluções para fontes alternativas de energia. Deveríamos nos preparar mais. Temos capital humano, mas deveríamos investir com mais racionalidade no segmento. O Brasil tem condições de liderar essa corrida”, destacou.
A chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Vera Maria Carvalho Alves, fez um diagnóstico da produção de milho no país e apresentou potenciais oportunidades para o produtor do grão. Para ela, o cenário mundial impõe novos desafios à cadeia produtiva. “O aumento no consumo mundial de milho para a produção de etanol e mudanças em comportamentos de mercado, como a China passando de exportador para importador do produto, vem criando excelentes oportunidades para o Brasil”, antecipou. Segundo Vera Alves, o aumento de produtividade, com o uso de tecnologias sustentáveis, como a integração-lavoura-pecuária-floresta, o desenvolvimento de novas tecnologias, como monitoramento, previsão de mapas de risco para pragas e doenças, e a organização do sistema produtivo, podem ser instrumentos para alavancar a produção.
MINAS – Os secretários de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal, e o de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues, enfatizaram também a necessidade de consolidação de parcerias entre os setores público e privado para o desenvolvimento da agroenergia em Minas Gerais. Segundo Portugal, o Governo de Minas está na fase de estruturação de um plano para a agroenergia, “com definição de competências, desafios e oportunidades”. “Devemos incentivar projetos de pesquisa que priorizem a busca de fontes alternativas de energia”, disse. Ainda segundo ele, a Embrapa deve ser ágil na otimização do seu relacionamento com empresas privadas para liderar este processo.
Outras preocupações para a pesquisa, segundo o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana, são o controle de novas pragas e doenças que atacarão culturas potenciais, como o pinhão manso, e a apresentação de alternativas de desenvolvimento aliadas à preservação do meio ambiente. Na sexta-feira, 29, houve reunião do CAE (Conselho Assessor Externo), órgão que tem como objetivos avaliar e orientar os trabalhos da Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Mais informações podem ser obtidas junto à Área de Comunicação Empresarial (ACE) da Embrapa Milho e Sorgo pelos telefones (31) 3779-1123 / (31) 9733-4373 / (31) 3779-1172 / (31) 9974-3282 ou pelos e-mails gfviana@cnpms.embrapa.br e clenio@cnpms.embrapa.br .
Guilherme Ferreira Viana (MTb/MG 06566 JP)
Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)
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