29/11/2007 07:53:17
O objetivo é produzir milho safrinha com rendimento e produtividade, o
método aconselhado é incorporar a cultura na integração lavoura-pecuária
(ILP). Essa tecnologia foi apresentada pelo pesquisador Dirceu Brock, da
Fundação MS, durante o IX Seminário Nacional de Milho Safrinha, que
acontece em Dourados-MS, no Sindicato Rural da cidade.
A pesquisa consiste em consorciar milho safrinha com braquiária visando a
produção da cultura, forragem para alimentação de animais e manutenção de
palha para o Sistema Plantio Direto. “A integração lavoura-pecuária neste
consórcio está em segundo plano, após a obtenção dos grãos”, afirma Dirceu
Brock. Ele explica que para se cultivar milho é preciso selecionar,
primeiramente, os solos férteis. “Na safrinha não é hora de corrigir o
solo, mas colher a soja e plantar o milho em seguida. São aceitáveis perdas
de rendimento por problemas climáticos, não tecnológicos”, completa.
A escolha do modelo de semeadura, conforme Brock, aliada às condições
climáticas, ao híbrido escolhido e à espécie forrageira adotada, pode interferir
na maior ou menor competição entre as espécies e produção de grãos e
forragem. “A técnica utilizada reflete diretamente na fertilidade do solo
com alterações significativas em suas características físicas, químicas e biológicas”.
Nos estudos em andamento, uns dos métodos que se destacaram foi a
semeadura da pastagem simultaneamente à do milho com uma linha
intercalar. “Têm-se como vantagens uma única operação de semeadura,
cultivo em espaçamento normal, implantação em ambiente de safrinha,
redução de gastos e manutenção de rendimento, não-uso de herbicidas e
adubação apenas na linha do milho”, enumera Gessi Ceccon, pesquisador da
Embrapa Agropecuária Oeste que desenvolveu o método em condições de
safrinha.
Outras recomendações para a operação referem-se às forrageiras, onde a B.
ruziziensis proporciona melhor facilidade de dessecação e boa instalação
no ciclo do milho; a escolha de uma semente com qualidade facilita a
instalação da pastagem e ainda evita-se a introdução de ervas daninhas e
nematóides; e a inserção da pecuária logo após a saída do milho tem
demonstrado resultados consistentes.
Todavia, de acordo com os especialistas Brock e Ceccon, os benefícios do
consórcio se mantêm em todos os métodos pesquisados: diminuição da
erosão, menor compactação e temperatura do solo; redução de doenças
radiculares; aumento da produção de palha; maior armazenamento de água no
solo, reciclagem de nutrientes pela matéria orgânica e melhorias na
nutrição de plantas. “Uma atividade gera receita extra para a outra.
Agora, como dificuldades, o produtor, caso não faça um ajuste correto da
tecnologia, pode ter redução na produtividade dos grãos, além dos custos
com a implantação”, aponta Dirceu.
E, apesar de vários fatores positivos, os pesquisadores revelam que a
parceria entre pecuaristas e agricultores para o fechamento do ciclo é
fundamental, faltando apenas a conscientização dos dois lados.
Seminário - O IX Seminário Nacional de Milho Safrinha é uma promoção da
Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS), com realização da Embrapa
Agropecuária Oeste, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
– Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e tem a parceria da Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD), Associação de Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados (AEAGRAN),
Grupo Plantio na Palha (GPP), Sindicato Rural da cidade e Embrapa Milho e
Sorgo, com apoio de diversas empresas de sementes e outras instituições.
Mais informações: (67) 3425-5122 e www.cpao.embrapa.br/milhosafrinha .
Dalízia Aguiar (DRT/MS 28/03/14)
Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS)
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Jornalista da Embrapa Agropecuária Oeste - Dourados-MS
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Guilherme Viana
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo – Sete Lagoas-MG
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