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Mudança de estação e La Niña definem clima no país



Irrigar ou não depende da quantidade de chuva que cai no campo
30/11/2007 15:56:59



O atual fenômeno La Niña, atuante há menos de dois meses no Brasil, é considerado de intensidade fraca a moderada e deve se estender até março de 2008. O período de transição entre estações do ano (terminando a primavera e começando o verão no próximo dia 21 de dezembro) influencia no comportamento do La Niña e é por ele influenciado, sobretudo com relação às chuvas. De acordo com Williams Ferreira, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), “o fenômeno intensificou as características do verão em algumas regiões e tornou menos intensas as características desta estação em outras”.

Por causa disto, tem chovido mais na região Nordeste e menos no Sul do país em relação a outros anos. O pesquisador diz que “o atual aumento das chuvas no Nordeste, decorrente de frentes frias que têm alcançado a região, deverá ser intensificado em janeiro, período em que também aumenta a umidade relativa do ar”. Ainda segundo ele, ao contrário, “a passagem mais rápida de frentes frias tem provocado chuvas menos freqüentes sobre a região Sul e em parte do Sudeste”. As mesmas frentes frias que tradicionalmente ficariam estacionadas no Sul e no Sudeste, com o La Niña, tendem a chegar ao Nordeste mais rapidamente e provocam mais chuvas nesta região. O fenômeno, assim, acelera a passagem de frentes frias no Sul e no Sudeste em direção ao Nordeste brasileiro.

Mês a mês - Neste mês de dezembro, há cerca de 40% de probabilidade de o total de chuvas ser menor do que a média histórica numa área que vai de Campina Verde, no Triângulo Mineiro, até Edéia, no Sul de Goiás. Já na faixa que se estende de Comodoro e Brasnorte, no Norte de Mato Grosso, segue por Anapu-PA e chega até Chaves, na Ilha do Marajó, existe a mesma probabilidade de que as chuvas sejam próximas da média. E na faixa entre Juína e Apiacás, no Norte mato-grossense, Medicilândia, no Sudoeste paraense e Macapá, capital do Amapá, os 40% de probabilidade são de que ocorram mais chuvas do que mostra a média histórica. Já a região entre Oriximiná-PA e Novo Airão e Japurá, ambas no Norte do Amazonas, apresenta probabilidade de até 45% de ocorrência de chuvas acima da média normal.

Para janeiro, são de cerca de 40% as probabilidades de ocorrência de chuvas acima da média histórica na região que se estende de Mata Grande, no Sertão alagoano, passa por Patos-PB e chega a Floriano-PI. Precipitações póximas à média histórica devem ocorrer na faixa que se estende de Pontes e Lacerda, Campinápolis e São Félix do Araguaia, todos municípios situados no Mato Grosso, passa por São Félix do Xingu-PA e chega a Chaves, na Ilha do Marajó. Já as regiões Sudoeste e Sudeste do Rio Grande do Sul, os vales dos rios Doce, Mucuri e Jequitinhonha, em Minas Gerais, e o Norte e o Noroeste deste estado deverão apresentar índice de chuvas abaixo da média histórica.

Em fevereiro, há 40% de probabilidade de que chova mais do que a média na faixa que vai de Valença, no Recôncavo baiano, passa por Morro do Chapéu, no Centro-Norte do estado, Barra, no Vale do São Francisco baiano, Cavalcante-GO, Dueré-TO, Juara e Apiacás, ambas no Mato Grosso, e chega a Ourilândia do Norte, Itupiranga e Tracuateua, as três no Pará. Dentro desta área, há 45% de probabilidade de mais chuvas em uma área delimitada por Gurjão-PB, Santana do Cariri, Sul do Ceará, Curaçá, no Vale do São Francisco na Bahia, e Maceió, capital de Alagoas.

Temperatura – Em dezembro, existe 40% de probabilidade de que a temperatura fique abaixo da média histórica em uma faixa a Noroeste da Amazônia Legal delimitada por Chaves, na Ilha do Marajó, Cidelândia, no Oeste do Maranhão, Cumaru do Norte e Novo Progresso, ambas no Pará, Manicoré-AM e Guajará-Mirim, em Rondônia. Também na área entre os municípios de Canindé de São Francisso, no Sertão sergipano, Tucano e Mucugê, ambas na Bahia, e Campos dos Goytacazes, no Norte do Rio de Janeiro, as temperaturas deverão ser menores do que a média. Já a área delimitada por uma faixa que passa pelos municípios de Santa do Livramento e Júlio de Castilhos, ambas no Rio Grande do Sul, segue até Caiapônia-GO e Patrocínio-MG e alcança Campinas-SP tem 40% de probabilidade de ter temperaturas acima da média normal em dezembro.

Williams destaca que a concretização das previsões depende, entre outros fatores, do comportamento da temperatura do Oceano Pacífico, que varia consideravelmente. Por isso, justifica a necessidade da continuidade nas previsões, considerando-se o que efetivamente aconteceu. “Os municípios citados, considerados como limitantes das áreas ou zonas de transição entre as diferentes regiões abordadas, devem ser considerados apenas qualitativamente, ou seja, são pontos georreferenciais delimitadores aproximados das áreas em estudo”, explica o pesquisador.

É importante lembrar ainda que a previsão climática em escala temporal e espacial não considera os fatores de influência local ou regional, sendo direcionada para grandes áreas e médias temporais de longos períodos. Portanto, são esperadas variações locais isoladas e mudanças estacionais associadas à sazonalidade, ou seja, são possíveis mudanças nas previsões feitas para um período de três meses.

Clenio Araujo
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo
Contatos: clenio@cnpms.embrapa.br / (31) 3779-1172 / (31) 9974-3282

Texto baseado em informações do pesquisador Williams Ferreira

 

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