Mais de 500 pessoas, segundo os organizadores, atendidas em cursos, dias de campo, oficinas e em um seminário sobre desenvolvimento e inovação no agronegócio. Este é o balanço da SIT (Semana de Integração Tecnológica), evento realizado de 12 a 16 de maio pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) em parceria com a Emater-MG, Epamig, instituições ligadas à pesquisa e ao desenvolvimento e seis Unidades da Embrapa (veja em www.cnpms.embrapa.br/sit). "Precisamos evoluir o conceito de inovação para darmos saltos qualitativos em desenvolvimento. Este é o principal significado deste evento", resumiu Vera Maria Carvalho Alves, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, se referindo ao seminário Desenvolvimento Regional e Inovação Tecnológica no Agronegócio, uma das atividades da Semana.

O capital humano foi citado por praticamente todos os palestrantes do seminário como mola propulsora do desenvolvimento. Para o reitor do Unifemm (Centro Universitário de Sete Lagoas), Antônio Bahia Filho, o tema tratado pelo evento - inovação - possui uma relação direta com este objetivo. Segundo ele, o desenvolvimento da região deve ganhar impulsos com o processo de inovação a partir de oportunidades tecnológicas. Neste contexto, oportunidades foram apresentadas, como a estratégia de desenvolvimento regional do Banco do Brasil, com o objetivo de impulsionar economias regionais por meio da disseminação do conhecimento. "A equidade social com foco no desenvolvimento sustentável são nossas diretrizes", disse Renato Claret Moreira, representante da instituição.

Experiências do Governo de Minas - em especial da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - foram apresentadas pelo secretário-adjunto Evaldo Ferreira Vilela. Segundo ele, investimentos em ciência e tecnologia e a consequente geração de emprego e renda, têm colocado o Estado em posição de destaque no campo inovação. O Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado, criado pelo governador Aécio Neves e fundamentado na inovação, permitiu a elevação do PIB estadual e uma melhoria do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). "O Plano possibilitará, por exemplo, a implantação de parques tecnológicos que irão incentivar a inovação no Estado, transformando pesquisa em negócio", afirmou.

Em Belo Horizonte, segundo o secretário-adjunto, serão inaugurados 30 parques tecnológicos ligados a diversas áreas até 2011. Em Viçosa, serão 10 ligados ao agronegócio e, em Itajubá, mais 10 ligados à energia. Em Lavras e em Juiz de Fora já estão sendo realizados estudos de viabilidade para a implantação de mais parques. Novos negócios e desenvolvimento também foram os temas apresentados pelo gerente do Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico da mesma Secretaria, Renato Ribeiro Ciminelli. "Devemos criar inteligência e torná-la apta a trazer riquezas para o Estado. Nossas estratégias em dois segmentos onde Minas tem vocação natural - a mineração e a metalurgia - são gerar conhecimento e desenvolver economias regionais mais diversificadas", explica.

Experiências da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em transformar pesquisa em tecnologias ambientais foram apresentadas pelo professor Rochel Montero Lago. Da Fundação Biominas, Fernando Batista Pereira abordou o mesmo processo focado na biotecnologia. E o gerente de Negócios e Oportunidades da Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa), Gerson Fabio Paz da Silva, apresentou as vantagens de uma gestão de projetos executada por fundações, como a redução dos entraves burocráticos, a mobilização de recursos humanos, financeiros e tecnológicos especializados e a transparência na gestão dos recursos.

PROETA - A experiência da Embrapa no processo de incubação de empresas, assim como o potencial para apoiar a instalação de empreendimentos de base tecnológica com atuação no agronegócio, foi o tema abordado pelo chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), José Manuel Cabral de Sousa Dias. O programa tem o objetivo de disponibilizar tecnologias para empresas de base tecnológica que queiram se instalar em incubadoras parceiras do Proeta (Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresas de Base Tecnológica Agropecuária), que conta com o financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Nove tecnologias já foram disponibilizadas por três Unidades da Embrapa - além da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, participam do Proeta a Embrapa Cerrados e a Embrapa Hortaliças - como os biorreatores para a produção de mudas, feromônios para o controle biológico de pragas e a produção de cogumelos comestíveis e medicinais. "A Embrapa poderá avançar muito neste processo. Uma das possibilidades para o futuro seria, por exemplo, a incubação de empresas em cada Unidade, com a participação ativa dos pesquisadores responsáveis pelas tecnologias", antecipa Félix Andrade da Silva, consultor do Proeta.

Mais informações podem ser obtidas junto à Área de Comunicação Empresarial (ACE) da Embrapa Milho e Sorgo: (31) 3779-1123 ou gfviana@cnpms.embrapa.br .

Guilherme Ferreira Viana (MTb/MG 06566 JP)
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