Untitled Document
 
Embrapa Milho e Sorgo
Acesse aqui outras unidades da Embrapa Acesse aqui outras unidades da Embrapa


Acesse também
Agência de Informação Embrapa
Árvore do conhecimento do Milho
Catálogo de Produtos e Serviços
Ao alcance de todos
CImilho
Centro de inteligência do milho
Agritempo
Agritempo
Sistema de Monitoramento Agrometeorológico
Câmara Setorial
Câmara Setorial
da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo, Aves e Suínos
ABMS
Associação Brasileira de Milho e Sorgo

Mudanças climáticas: cenários prevêem mudanças na geografia de produção



Segundo Assad, é urgente que se desenvolvam cultivares tolerantes à seca e a altas temperaturas
3/9/2008 10:12:06



A interpretação de dados climáticos por pesquisadores e cenários previstos para os próximos 60 anos por instituições como o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) trarão mudanças na geografia de produção das principais culturas agrícolas brasileiras. Esta é a visão apresentada pelos pesquisadores durante o painel sobre o tema apresentado no XXVII Congresso Nacional de Milho e Sorgo que acontece até a próxima quinta-feira, 4, em Londrina-PR. “A pesquisa deve se antecipar ao que já vem ocorrendo. É urgente o desenvolvimento de cultivares tolerantes à seca e às altas temperaturas, cenário previsto para as próximas décadas”, alerta Eduardo Delgado Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP).

A nova geografia de produção, na visão dos pesquisadores, trará, se concretizada, mudanças profundas no cultivo das principais commodities, como o milho e a soja, principalmente. “A soja será uma das culturas mais ameaçadas. Se não houver soluções que envolvam a biotecnologia e mudanças no comportamento do homem, como a redução da emissão de gases de efeito estufa e do dióxido de carbono, haverá uma redução de até 40% na área plantada”, antecipa Assad, prevendo a situação para 2070. A segunda safra do milho ou safrinha, segundo ele, também poderá sofrer uma redução significativa, já que os cenários para o futuro prevêem o atraso das chuvas de fim de ano.

Outras culturas – como o algodão, o café e as frutas de clima temperado, como a maçã – também serão cultivadas em novas regiões. Para o pesquisador, a região Nordeste não ofereceria mais condições climáticas para o cultivo do algodão. As áreas cultivadas com café seriam reduzidas e se concentrariam em algumas regiões do sul de São Paulo, sul de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. E as frutas de clima temperado deixariam de ser produzidas também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. “Há discussões, inclusive, sobre o cultivo da banana nestes dois Estados para os próximos anos”, completa.

DEMANDA POR ALIMENTOS – Por outro lado, algumas culturas seriam beneficiadas caso este cenário venha a ser o predominante. O cultivo da cana-de-açúcar, por exemplo, seria expandido para diversos estados brasileiros, assim como o estímulo ao café robusta no Espírito Santo, que seria beneficiado pelas altas temperaturas. “O preocupante, caso as mudanças climáticas realmente aconteçam, são as conseqüências para o programa de abastecimento de alimentos no Brasil”, descreve Eduardo Assad. “Há necessidade urgente de mais recursos humanos e financeiros para instituições com pesquisas na área. As mudanças climáticas trarão impactos e nortearão o melhoramento genético de cultivares”, reforça o pesquisador Hilton Silveira Pinto, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp.

SOLUÇÕES – As previsões futuras e seus efeitos negativos na agricultura têm na biotecnologia e em práticas sustentáveis, segundo os pesquisadores, as principais estratégias para vencer um dos desafios propostos pelo XXVII Congresso Nacional de Milho e Sorgo. “Soluções biotecnológicas, se aplicadas às culturas do milho e da soja, por exemplo, podem reverter o quadro de escassez de água no futuro”, afirma Assad, da Embrapa, se referindo à prospecção de genes que conferem tolerância ao estresse hídrico nas culturas. “A resposta pode estar na própria biodiversidade brasileira. É urgente o desenvolvimento de pesquisas nesta linha”, antecipa o pesquisador.

Entre as alternativas sustentáveis de produção agrícola, estão as tecnologias de integração lavoura-pecuária-floresta, o plantio direto e os sistemas agrosilvipastoris, capazes de otimizar o processo de seqüestro de carbono e impedir a abertura de novas áreas, além de reduzirem a emissão de gases de efeito estufa. O tema foi debatido durante o XXVII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, realizado pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), a Embrapa Milho e Sorgo e a Embrapa Transferência de Tecnologia, Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A promoção é da ABMS (Associação Brasileira de Milho e Sorgo).

SERVIÇO:

Evento: XXVII Congresso Nacional de Milho e Sorgo
Local: Centro de Exposições e Eventos (Londrina-PR)
Data: de domingo (31/08) a quinta-feira (04/09)
Sala de Imprensa: (43) 3334-3086 / 3325-0594
Jornalistas: Emilia Miyazaki (43 8824-5953), Andréa Monclar (43 9101-1080) e Guilherme Viana (31 9212-2063)

Texto: Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG): www.cnpms.embrapa.br
Área de Comunicação Empresarial (ACE)
Contatos: (31) 9233-2101 / gfviana@cnpms.embrapa.br

 

Últimas Notícias
Comissão Técnica da Produção Integrada do Milho é criada
Livro traz informações atualizadas sobre consórcio milho-braquiária
INCT-Acqua e Embrapa realizam Seminário ‘Agricultura em Territórios Mineradores’
Seminário abordará viabilidade econômica de pequenas propriedades rurais
Secretaria de Agricultura de Minas deverá estimular controle biológico de pragas

Untitled Document
Todos os direitos reservados, conforme Lei nº 9.610
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa
Política de Privacidade
Embrapa Milho e Sorgo
Rod. MG 424 KM 65 - Sete Lagoas
Telefone (31) 3027-1100 - Fax (31) 3027-1188
Caixa Postal 285 ou 151 - CEP 35701-970 Sete Lagoas - MG - Brasil
Fale conosco: (31) 3027 - 1267