Empreendedores interessados em fazer novos negócios têm a oportunidade de trabalhar com tecnologias desenvolvidas pela Embrapa e ainda receber suporte técnico e gerencial. Um edital lançado nesta terça-feira abre inscrições para a incubação de empresas que venham a trabalhar com produtos e serviços criados ou adaptados a partir de pesquisas da Embrapa.

A oportunidade é fruto de uma parceria com a Incubadora de Empresas do Unifemm (Centro Universitário de Sete Lagoas). O edital, de fluxo contínuo, permite a inscrição de interessados em desenvolver negócios a partir das tecnologias do Proeta (Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresas de Base Tecnológica e à Transferência de Tecnologia).

Criado pela Embrapa e pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o Proeta oferece uma gama variada de produtos e serviços. No momento, 26 tecnologias estão disponíveis para empreendedores que tenham interesse em usá-las em seus processos produtivos.

As opções vão desde cultivares, bioinseticidas para controle de pragas agrícolas, produtos alimentícios, como barra de cereais enriquecida com gergelim, a até processo para obtenção de derivados da carne de rã, como patê e salsicha.

O chefe de Comunicação e Negócios da Embrapa Agroenergia (Brasília-DF), José Manuel Cabral Dias, e o reitor do Unifemm, Antônio Fernandino de Castro Bahia Filho, assinaram o edital para incubação de empresas com tecnologias do Proeta. A assinatura ocorreu no estande da Embrapa na Inovatec 2009 (5ª Feira de Inovação Tecnológica), que é realizada no Expominas, em Belo Horizonte, de 6 a 9 de outubro.

Cabral destacou que a incubação é uma “nova metodologia para transferência de tecnologias em que a Embrapa tem investido”. Ressaltou que a utilização do conhecimento científico em aplicações práticas é um grande desafio e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade para o Brasil. Ele lembrou que a Embrapa já tem parceria com cerca de 30 incubadoras no país e pretende ampliar o número de empresas que trabalham com tecnologias do Proeta.

Antônio Bahia avaliou o edital como uma oportunidade para avanços no setor do agronegócio na região de Sete Lagoas-MG. Ele classificou a parceria entre Embrapa e Unifemm como “um casamento feliz que vai contribuir com o desenvolvimento regional”.

O analista Márcio Barbosa Guimarães Cota Júnior, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), explica que caso um empreendedor deseje criar uma empresa na incubadora parceira, pode utilizar qualquer tecnologia dentre as ofertadas pelo Proeta, mesmo que tenha sido desenvolvida em uma unidade de pesquisa distante da região.

A coordenadora do Proeta, Mariana Magalhães, ressalta que o programa disponibiliza produtos e serviços diversos, para que sejam adotados pela sociedade, a fim de gerar emprego, renda e desenvolvimento. Ela destaca os benefícios do modelo de incubação: “a Embrapa oferece assistência técnica e a incubadora dá suporte gerencial”. Ou seja, o empreendedor recebe apoio do pesquisador que criou a tecnologia e suporte de infraestrutura e gestão por parte da incubadora para o desenvolvimento do negócio.

Como o edital da Incubadora do Unifemm é de fluxo contínuo, a qualquer momento interessados podem se candidatar. O documento está disponível para consulta na página do Proeta na internet (www.sct.embrapa.br/proeta).

Texto: Marina Torres (MG 08577 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) www.cnpms.embrapa.br
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