26/09/2013 16:21:20
A Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), em atendimento à Resolução 237 de 1997 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), iniciou seu processo de licenciamento ambiental em 2011, seguindo as diretrizes apresentadas em Minas Gerais pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Dessa forma, a maior parte do esgoto sanitário gerado pela Empresa é tratada por uma ETE (Estação de Tratamento de Esgotos), cujo sistema foi restabelecido em julho deste ano.
Segundo o pesquisador Paulo Eduardo de Aquino Ribeiro, coordenador do Comitê Local de Gestão Ambiental, grupo criado com a finalidade de manter e propor melhorias nos processos relacionados ao gerenciamento de resíduos na Empresa, os primeiros resultados mostraram que a ETE está removendo 75% da matéria orgânica contaminante que chega ao esgoto bruto gerado, superando o mínimo que é exigido por lei (55% de redução da DQO - Demanda Química de Oxigênio). "Visualmente, já se observava uma modificação no aspecto do efluente, o que foi confirmado pelas análises", reforça o pesquisador.
Segundo ele, todos os níveis de poluentes decorrentes de esgoto sanitário que se permite lançar nos cursos d'água estão dentro dos limites permitidos pela legislação, com exceção de um, os denominados "Surfactantes Aniônicos", que são os componentes dos sabões e detergentes. Isso demonstra que o sistema, apesar de funcionar bem, ainda demanda melhorias técnicas e nos padrões de consumo dos empregados. "Temos que estar constantemente atentos ao que é descartado nas pias e sanitários, ao que vai para o esgoto. No caso dos efluentes da Embrapa Milho e Sorgo, vamos monitorar constantemente os pontos de lançamento e optar cada vez mais pela utilização de produtos biodegradáveis, no caso de sabões e detergentes. É um trabalho que exige o envolvimento de todos os funcionários", relata Paulo Eduardo.
Entre as ações que vêm sendo planejadas pela equipe do Comitê Local de Gestão Ambiental, está a substituição das antigas fossas negras ainda existentes - que causam a contaminação do subsolo e do lençol freático - por fossas sépticas, que evitam o contato do material contaminado com o solo e promove seu tratamento por meio de bactérias decompositoras. "Esse sistema mais seguro demanda certa manutenção e acompanhamento, como a realização de análises físico-químicas e da aplicação de bactérias inoculadas", explica. Para isso, foi aberto processo licitatório para contratação de empresa que será responsável também pela manutenção preventiva e corretiva da ETE.
Na Empresa, outro local que gera efluentes que necessitam de tratamento é o Setor de Máquinas e Veículos, na área de lavação das máquinas. "Por determinação da legislação, foi instalada em 2011 uma caixa de separação para evitar que efluentes contendo óleo sejam lançados no solo e nos cursos d'água. Os resíduos coletados são vendidos para empresas especializadas em reciclagem", completa o pesquisador. O curso d'água que recebe os efluentes tratados pela Embrapa Milho e Sorgo é o Córrego do Diogo, manancial de superfície que deságua no ribeirão Jequitibá e depois no rio das Velhas, integrantes da bacia do São Francisco. O Córrego do Diogo, por sua vez, já chega à área da Empresa completamente poluído, por receber toda a carga de esgoto não tratado em Sete Lagoas.
Outras informações: Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) da Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), vinculada ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento): (31) 3027-1905 ou cnpms.nco.geral@embrapa.br .
Texto: Guilherme Viana (MTb / MG 06566 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)
www.cnpms.embrapa.br
NCO (Núcleo de Comunicação Organizacional)
Tel.: (31) 3027-1905