Untitled Document
 
Embrapa Milho e Sorgo
Acesse aqui outras unidades da Embrapa Acesse aqui outras unidades da Embrapa


Acesse também
Agência de Informação Embrapa
Árvore do conhecimento do Milho
Catálogo de Produtos e Serviços
Ao alcance de todos
CImilho
Centro de inteligência do milho
Agritempo
Agritempo
Sistema de Monitoramento Agrometeorológico
Câmara Setorial
Câmara Setorial
da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo, Aves e Suínos
ABMS
Associação Brasileira de Milho e Sorgo

Embrapa avalia sorgo biomassa como alternativa de energia renovável em Mato Grosso



Sorgo biomassa é fonte renovável de energia e pode ser alternativa ao uso da lenha de eucalipto
11/04/2014 10:00:09



A Embrapa desenvolve, desde o fim do ano passado, experimentos em Mato Grosso com materiais de sorgo biomassa, um tipo de sorgo com maior potencial de crescimento. A proposta é avaliar a viabilidade do uso na biocombustão das plantas para a geração de termoenergia em caldeiras, principalmente visando a secagem de grãos.

Os materiais testados no estado já foram previamente avaliados pela Embrapa Milho e Sorgo em Sete Lagoas (MG) em trabalho coordenado pelo pesquisador Rafael Parrella.

O sorgo biomassa é uma fonte renovável de energia e pode ser uma alternativa ao uso da lenha de eucalipto. Com ciclo anual, possibilita maior flexibilidade no uso da terra. Outras vantagens são o plantio feito por sementes e a possibilidade do uso do grão para produção de ração animal.

De acordo com o pesquisador Flávio Tardin, responsável pelas análises da cultura em Mato Grosso, o sorgo biomassa é abundante em matéria seca, característica responsável pelo fornecimento de energia. A planta possui muitas folhas, caule fibroso e chega a mais de cinco metros de altura.

“A capacidade do sorgo de fornecer energia, que é medida pelo poder calorífico superior, chega a 4.000 kcal/kg de matéria seca, valor considerado alto para os estudos energéticos”, explica Tardin.

O poder calorífico é menor do que o da lenha de reflorestamento, que chega a atingir 4.500 kcal/kg. No entanto, o eucalipto cultivado para uso da biomassa demora de três a quatro anos para ser cortado, enquanto o sorgo é colhido no período de cinco a oito meses após o plantio, dependendo da região. Além disso, a produtividade do sorgo pode ser superior à do eucalipto. Pesquisas realizadas na Embrapa Milho e Sorgo demonstram a produção de até 60 toneladas de matéria seca por hectare. Em Mato Grosso, devido às condições edafoclimáticas, a expectativa é de se chegar a 50 toneladas por hectare de matéria seca. O eucalipto, por sua vez, produz em torno de 20 toneladas por hectare/ano em plantios voltados para este fim no estado.

A colheita dos experimentos com os 12 materiais testados no campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, será feita no fim de abril. Serão avaliadas características como produção de matéria verde e de matéria seca, população de plantas por hectare e a tolerância das cultivares a pragas e doenças.

De acordo com Flávio Tardin, já existem empresas da região interessadas em trabalhar com o sorgo biomassa. Para que seja possível oferecer comercialmente uma cultivar, a Embrapa fez pedido de registro de uma cultivar em dezembro do ano passado. O lançamento comercial está previsto para 2015.

Versatilidade

Além da geração de energia, o sorgo biomassa também pode ser uma alternativa para substituir o milho na produção de ração. Com valor nutricional atingindo 95% do valor proporcionado pelo milho, a saca do grão de sorgo chega a ser de 15% a 25% mais barata.

“Pela ração à base de sorgo ser mais rentável, as produções de carne, de ovo e de leite se tornam mais baratas”, explica Tardin.

Capim elefante é outra opção testada

As pesquisas desenvolvidas pela Embrapa em Mato Grosso em busca de fontes renováveis de energia não se restringem ao sorgo biomassa. Desde o início de 2012, a empresa desenvolve, em parceria com a Fiagril, estudos com o capim elefante para fins energéticos. O objetivo do projeto é testar a gramínea como uma alternativa de queima em caldeiras, complementando o uso da lenha.

O capim elefante é uma planta perene, com grande capacidade de produção de matéria seca e com intervalo de corte a cada seis meses.

Segundo a pesquisadora da Embrapa Agrossilvipastoril responsável pelas pesquisas, Vanessa Quitete, estão sendo testadas dez cultivares de capim elefante. O propósito é avaliar a adaptação destes materiais às condições climáticas do estado e a capacidade de produzir biomassa de qualidade. Além disso, as avaliações pretendem responder qual o nível adequado de adubação nitrogenada a ser usada.

“Se o capim elefante continua a receber nitrogênio, a sua produção de biomassa não estabiliza. Mas adubar desenfreadamente não é viável economicamente e ecologicamente. Por isso é necessário estipular quanto de matéria seca se deseja”, explica Quitete.

Como as pesquisas foram iniciadas em 2012, a previsão é de que os primeiros resultados sejam obtidos a partir do fim deste ano.

Colaboração: Fabiane Fenalti

Jornalista: Gabriel Faria (mtb 15624/MG JP)
Embrapa Agrossilvipastoril
agrossilvipastoril.imprensa@embrapa.br

Equipe de Comunicação da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)
Contatos: milho-e-sorgo.imprensa@embrapa.br / (31) 3027-1272 / 3027-1223 / 3027-1905

 

Últimas Notícias
Comissão Técnica da Produção Integrada do Milho é criada
Livro traz informações atualizadas sobre consórcio milho-braquiária
INCT-Acqua e Embrapa realizam Seminário ‘Agricultura em Territórios Mineradores’
Seminário abordará viabilidade econômica de pequenas propriedades rurais
Secretaria de Agricultura de Minas deverá estimular controle biológico de pragas

Untitled Document
Todos os direitos reservados, conforme Lei nº 9.610
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa
Política de Privacidade
Embrapa Milho e Sorgo
Rod. MG 424 KM 65 - Sete Lagoas
Telefone (31) 3027-1100 - Fax (31) 3027-1188
Caixa Postal 285 ou 151 - CEP 35701-970 Sete Lagoas - MG - Brasil
Fale conosco: (31) 3027 - 1267